Eike Batista, dono da holding EBX, controladora da MMX mineradora,
revelou alguns dados que associados a fatos recentes fazem o escândalo dos
cartões corporativos do governo Lula parecer brincadeira. Indagado sobre
o faturamento do grupo que comanda, Eike foi taxativo: estamos numa
fase pré-operacional. O valor de mercado da MMX (mineração) é
de aproximadamente US$ 8 bilhões. O valor da LLX (logística) é de cerca
de US$ 2 bilhões. O da MPX (energia elétrica), que abriu o capital
em dezembro gira em torno de US$ 4 bilhões. E o da OGX (petróleo e gás)
está entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões.
Em outras palavras, uma mineradora estreante, desconhecida da maior
parte do público e dirigida por um auto-assumido play boy vale R$ 8
bilhões, enquanto o governo Fernando Henrique vendeu a Vale do Rio Doce,
a maior e mais produtivas mineradora de ferro do mundo por R$ 3,3 bilhões,
ou seja, menos da metade do valor da MMX!!!
Para piorar o quadro, uma notícia de 27/09/2007, veiculada no sítio
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios revela algo estarrecedor:
“a forte valorização das ações da Companhia Vale do Rio Doce nos últimos
dias fez o valor de mercado da mineradora atingir R$ 291,14 bilhões,
encostando no da Petrobras, atualmente em R$ 291,22 bilhões, segundo dados da Bolsa
de Valores de São Paulo (Bovespa).
Portanto, a partir de dados da Bovespa, o valor de mercado da Vale é
atualmente cerca de 90 vezes o preço cobrado pelo governo tucano
pela empresa num daqueles obscuros leilões dos anos 90. Para agravar ainda
mais.
O grupo que adquiriu o controle da Vale no leilão dos tucanos foi um tal
de Bradepar, uma empresa de fachada, criada pelo Bradesco para se esconder,
já que o próprio Bradesco participou da “avaliação” da Vale do Rio Doce e
não poderia arrematar seu controle, conforme as regras do leilão (jornal
Brasil de Fato de 24/08/2007).
Este quadro apresenta indícios muito claros de um crime. As diferenças
entre o valor de mercado e o valor da avaliação são muito gritantes
para serem atribuídas apenas à incompetência dos avaliadores. Até hoje
ninguém investigou as arbitrariedades desse quilate praticadas pelos tucanos e
seus asseclas. Um país sério não conviveria com fato semelhante por mais de
meia hora. No entanto, já se passaram mais de 10 anos e todos os
tucanos envolvidos nessa lama continuam vagando lépidos e fagueiros pelo
mundo afora, vomitando regras de boa conduta. Alguns deles ainda são
mantidos pelos impostos que nós pagamos, como é o caso do Fernando Henrique.
O volume de dinheiro público envolvido neste imbroglio daria para
manter a farra com os cartões corporativos do governo Lula por mais de
100 anos. Exigimos que se apurem todos os crimes e se punam os
criminosos, desde os depósitos na Suíça até a tapioca do ministro, nesta ordem. Isto
me faz recordar o aforismo bíblico que nos aconselha a eleger
prioridades.
Será que estaríamos “coando um mosquito e engolindo um
camelo?” -
Evangelho de São Mateus 23:24.
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